Quem sou eu agora

Quem sou eu Começa Agora

Quem eu sou começa agora!…Quem eu fui começa agora!…Quem eu serei começa agora! Exatamente com essas palavras Richard Moss deu início ao Seminário sobre a sua Mandala do Ser, nos dias 11,12 e 13 de outubro passado em São Paulo.

Nestes três dias de muitas informações, reflexões, meditações e trabalho espacial de transformação, as pessoas, em sua maioria profissionais do comportamento humano, são conduzidas ao processo de transformação interior que servirá a si mesmas e a seus clientes.

Richard é bastante incisivo quando, por repetidas vezes, nos remete à reflexão que nossa vida é o resultado das interpretações que estamos dando aos fatos ou evidências que nos ocorreram em nosso passado. Por exemplo, se eu trago com meus pensamentos a mensagem eterna que meu pai não me ama, que eu sou inadequado ou que eu sou incapaz…não são as palavras de meu pai que estão fazendo a minha vida se tornar triste …o que está fazendo a minha vida ficar rancorosa é o significado que eu tenho atribuído aos meus pensamentos, a história da minha vida tem sido contada em cima do quanto eu tenho repetido para mim mesmo esta interpretação mental.

Mandala do Ser somos levados a refletir e a questionar esses pensamentos negativos que, quando repetidos constantemente, escurecem intensamente a qualidade de nossa vida, devido o significado e as emoções que atribuímos aos nossos pensamentos.

Para a qualidade da minha vida, não faz nenhuma diferença o julgamento de meu pai, para a qualidade da minha vida o julgamento dos outros sobre mim mesmo não faz diferença…a grande diferença na qualidade da minha vida ocorre quando eu acredito e interpreto que eu sou incapaz e, uma vez feita essa interpretação, eu associo a mim mesmo um sentimento de impotência e uma emoção de frustração. É a minha interpretação dos fatos que me aconteceram e me acontecem que contam e dão a qualidade da minha vida. Quem eu sou começa agora pois neste momento, aqui e agora, eu posso me desfazer desses pensamentos e interpretações que escurecem a minha vida e substituí-los por interpretações positivas, concretas e cheias de evidências sobre quem realmente eu sou .

Na Mandala do Ser, Richard Moss utiliza posições espaciais, tomadas da PNL e da Gestalt, afim de que as percepções da nossa capacidade e de nossos Estados emocionais sejam ampliados.

Quando confrontamos um pensamento negativo do tipo “eu não sou capaz”, com os fatos e as evidências de que temos feito muitas atividades que mostram a nossa capacidade, nossas crenças anteriores são questionadas com violência, pois percebemos que temos vivido uma vida de sofrimentos, em cima de uma falsa realidade. Devido ao fato do cérebro ser um órgão quântico, uma simples crença modificada e inserida em nossa consciência e em nosso corpo, pode e certamente traz grandes consequências imediatas para a qualidade de vida de qualquer ser humano, daí o comentário de Robert Dilts em dizer que a Mandala do Ser é “um Seminário inovador, prático e profundamente transformador…”. Durante o Seminário, Richard vai explicando o surgimento da dualidade dos pensamentos e das crenças e de sua adaptação à consciência.

Richard vai mostrando que sempre que surge uma crença negativa do tipo “eu não sou capaz”, automaticamente e instantaneamente surge outra crença em par que diz “eu sou capaz”…quando surge uma crença que diz “eu sou inteligente”, surge o seu par “eu não sou inteligente” e assim por diante. A depender do pensamento que é mais conveniente com nosso sistema de crenças, encaminhamos um dos gêmeos dos pensamentos para a nossa consciência e o seu outro pensamento gêmeo para o lado da nossa “sombra”.

Assim, quando uma pessoa emocionalmente fragilizada, que acredita que não é bonita, encontra com um professor que lhe diz que ela não é capaz, esta pessoa provavelmente escolherá essa informação de incapacidade como verdade, encaminhando essa crença para a sua consciência e, desse momento em diante, contará para si mesma uma historia constante de que não é capaz…o outro pensamento gêmeo que diz “eu sou capaz”, será enviado para a sombra, até ser resgatado. Portanto, continua Richard, o fato nunca é importante para a nossa historia de vida.

Nossa história de vida é toda trilhada em cima das interpretações que damos para as coisas que nos acontecem. Para contar uma nova história é imprescindível se libertar das crenças e dos pensamentos negativos que vêm nos arrastando pela dolorosa estrada de nosso passado…se você quiser e quando você quiser, “Quem eu sou começa agora!”, através de uma nova história que você escolhe contar para si mesmo, a partir de agora. Quantas oportunidades eu perdi, quantas escolhas equivocadas e negativas eu fiz ao fundamentar a minha história de vida na crença “eu sou inadequado”?…e, como será a minha vida ao definir, a partir de agora, que “eu sou adequado e necessário para a minha família e para a sociedade”?…Portanto, “Quem eu sou Começa Agora!” e “Quem eu serei Começa Agora!”.

Vimos que temos uma média de 10.000 pensamentos por dia, como é a qualidade de nossas vidas se possuímos um sistema de crenças de inadequação social? como é a qualidade de vida para uma pessoa que repete milhares de vezes diariamente “eu não me amo?”, com que dor convive alguém que acredita que “eu sou incapaz?” como tem sido a sua história, como têm sido feitas as suas escolhas, como ela tem gastado o seu dinheiro, que qualidade de alimentação ela tem se proporcionado?

O Seminário de Richard pode ser comparado com a metáfora do golfinho que ao saltar acima das águas do mar, verifica que existem outras possibilidades de vida. Caminhando pela Mandala, podemos verificar as histórias que estamos contando sobre nós mesmos, como nos relacionamos com o nosso passado, o que pensamos sobre o nosso futuro, o que outras pessoas representam para nós e como podemos nos libertar de aflições, angústias e ansiedades a partir do agora.

Risaldo Amaral

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